quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vereadora Karla Trindade apresenta moção de repúdio ao deputado federal Jair Bolsonaro

Nos últimos dias, o povo brasileiro tem assistido a diversas manifestações de protesto contra as declarações "racistas e homofóbicas" do deputado federal Jair Bolsonaro  (PP- RJ) para o programa humorístico CQC, da TV Bandeirantes, que foi ao ar no dia 28 de março. Na manhã desta quarta-feira, 6/4, a vereadora Karla Trindade (PCdo B) apresentou moção de repúdio ao deputado, durante  a sessão da Câmara Municipal de Aracaju (CMA).

O apelo da vereadora aos colegas parlamentares coincide com ato realizado nesta quarta-feira pela União da Juventude Socialista (UJS), na Câmara dos Deputados em Brasíla, que pede a cassação do mandato de Bolsonaro. De acordo com Karla, o deputado agiu de forma incompatível com o decoro parlamentar. "No programa aludido, o Deputado trata com preconceito e discriminação os negros e homossexuais, agindo, desta forma, com desrespeito ao que preceitua a Constituição Federal", afirmou.

As declarações, que estão gerando polêmica e indignação em todo o país, foram dadas no quadro "O Povo Quer Saber" do programa CQC, no qual a cantora Preta Gil perguntou como o deputado reagiria se o filho dele se apaixonasse por uma negra. Ele respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu".  Após o ocorrido, o deputado declarou que havia entendido que a pergunta se referia à possibilidade de um de seus filhos ter um caso homossexual, e não um romance com uma mulher negra.

A vereadora ressaltou a importância da mobilização contrária à atitude do deputado que ficou marcada pelo preconceito a uma parcela significativa da população brasileira. "A atitude do parlamentar reflete opiniões que a sociedade brasileira repele e não coaduna. É necessário, portanto, que de forma clara e tempestiva esta Casa Legislativa se posicione contrária às atitudes racistas e aos insultos proferidos pelo parlamentar fluminense que ferem o estado de Direito e nossa democracia", concluiu.

Por Regina Glesser, Assessora.

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