Os sergipanos ocuparam a Praça da Juventude, no Conjunto Augusto Franco, para comemorar o 1º de Maio no grande evento promovido pela Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB-Se). Nem mesmo a forte chuva, que cai sobre a cidade há quase uma semana, interferiu na comemoração. Milhares de trabalhadores urbanos e rurais se uniram para celebrar a data com muita música e o 1º Torneio de Futebol de Salão do Dia do Trabalhador de Aracaju.
Estiveram por lá trabalhadores ligados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetase), enfermeiros, rodoviários, radialistas, gráficos, bancários e bombeiros civis, dentre outras categorias, além do MST e uma comitiva de jovens haitianos, UJS, UBM e Dieese.
"Só promove um ato como esse quem tem credibilidade para unificar os trabalhadores. Vamos crescer ainda mais e fazer atos cada vez maiores", afirmou Edival Góes, presidente da CTB-Se. Para o líder sindical, a data foi importante para a classe trabalhadora poder mostrar sua força e dizer que não se pode pensar em crescimento econômico do país sem distribuição de renda e justiça social.
E este foi o tema central da manifestação promovida pela CTB-Se que defendeu também a redução da taxa de juros, o fim do fator previdenciário, valorização das aposentadorias, igualdade entre homens e mulheres, redução da jornada de trabalho sem redução de salários, valorização do salário mínimo, do serviço público e do servidor, educação e saúde de qualidade e reforma agrária já.
No palanque armado na praça, lideranças se revezaram conclamando a unidade dos trabalhadores. O presidente do Sindicato dos Radialistas de Sergipe, Fernando Cabral, classificou o 1º de Maio como um ato de integração da classe operária que se unifica na luta por dias melhores.
Lúcia Moura, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetase), ressaltou a importância de se manter a mobilização da classe operária na luta pela garantia dos direitos trabalhistas já conquistados. A presidente do Diretório Estadual do PC do B, Tânia Soares, parabenizou a CTB pela grandiosidade do evento e lembrou que este 1º de Maio ocorreu em um momento histórico, fruto da conquista dos trabalhadores, em que uma mulher assumiu a presidência do Brasil.
O presidente do Sindicato dos Bancários, José Souza, lembrou que não podemos cruzar os braços. "O Brasil precisa de um Projeto de Desenvolvimento que valorize o trabalho e distribua renda. Estamos hoje, dando continuidade à luta empreendida pelos mártires de Chicago, reivindicando a redução da jornada de trabalho para que mais pessoas possam trabalhar", salientou.
Presente ao evento, a secretária adjunta da Secretaria Especial de Políticas para Mulher de Sergipe, Ivânia Pereira, ressaltou que nenhum direito conquistado pelos trabalhadores veio de graça, mas é fruto da luta da classe com greves, paralisações e mobilizações de rua. "Temos, sim, o que comemorar. Foram muitas as vitórias, mas precisamos reafirmar nosso compromisso com a classe trabalhadora a cada dia", disse.
Premiação
O 1º de Maio da CTB-Se, previsto para começar às 8 horas, teve início com uma hora de atraso devido a chuva, mas os trabalhadores se mantiveram firmes e permaneceram na praça acompanhando a competição que de futebol de salão disputada por equipes formadas por trabalhadores ligados aos sindicatos filiados à Central. A equipe do Sindicato dos Gráficos recebeu o troféu após vencedor o torneio.
Quem foi ao evento curtiu momentos de descontração e lazer ao som da banda Zé Tramela e o seu autêntico forró universitário. Uma quadrilha junina improvisada animou os participantes do 1º de Maio da CTB que aproveitaram ainda o show do cantor e compositor sergipano Jiló.
Por Niúra Belfort
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